Oi! Seiiti Arata. Vou começar com uma má notícia: não importa onde você vá ou o que você faz da vida, você vai encontrar pessoas que vão te “dar nos nervos”, transformando você em algum tipo de monstro irritado.
Nossas relações com essas pessoas difíceis podem ser experiências irritantes e difíceis de esquecer. Eu quero te ajudar com isso. Separei algumas dicas que podem ser bastante úteis nesses momentos.
1. Desenvolver empatia
A empatia é o melhor antídoto para a raiva. As pessoas dizem que temos empatia quando vemos com os olhos do outro, escutamos com os ouvidos do outro, sentimos com o coração do outro. Você consegue, de verdade, se colocar no lugar da outra pessoa? Para fazer isso, você precisa prestar atenção de uma maneira diferente, sem rótulos. Você tem que estar no momento presente.
Vamos lembrar que a gente não tem como adivinhar o que está acontecendo nas mentes e vidas das pessoas ao nosso redor. Elas podem estar passando pelo pior dia no mundo, lidando com alguma frustração ou chateação e por isso acabam se apresentando como pessoas difíceis de conviver.
E eventualmente vai acontecer de você estar tentando ajudar essa pessoa com boa vontade e ela se sente burra e incapaz.
É impossível evitar situações como estas, porque vivemos em um mundo muito rápido onde todos estão lidando com algo, estamos todos na luta. Só que isso não quer dizer que você tem que ficar sentadinho e deixar os outros abusarem da sua boa vontade. Pra encontrar um equilíbrio sem aumentar conflitos, não vamos levar as coisas pro pessoal e tentaremos entender a perspectiva da outra pessoa. Empatia.
2. Tenha certeza de ter sido entendido
A boa comunicação começa com boa compreensão. Os problemas surgem de mal-entendidos. Talvez existam barreiras de geração, aspectos culturais ou uma diferença de níveis de vocabulários e qualificações quando algum especialista fala com um leigo. A dica é nunca presumir que tudo é óbvio e autoexplicativo.
Tome também cuidado com as palavras e tom de voz que você escolher quando se comunica. Com todos esses cuidados e gentileza, você sabe que você fez o seu melhor para ser respeitoso.
3. Não assuma o erro é do outro
Cuidado com a ilusão de que você está sempre certo e os outros é que estão sempre errados. As situações são complexas, e quando você usar a empatia vai poder ver que a outra pessoa provavelmente também se acha a correta e você o errado. Tenha essa clareza em mente enquanto você colabora buscando uma solução que não seja combativa. Não queremos colocar o outro em uma posição defensiva.
Mesmo em uma situação onde não há dúvida de que o outro está errado de fato, não entre no tipo de pensamento que você está lidando com um total idiota, porque isso também fecha portas. Talvez seja o seu primeiro dia de trabalho. Ou talvez essa pessoa tenha acabado de passar por um grande transtorno e ainda está atordoada. Enfim, veja o ser humano na frente de você. Busque forma de colaborar em vez de só ficar com raiva.
4. Está tudo bem se você não puder manter a calma o tempo todo
É importante lembrar que você é humano também. A resistência pode não ser a melhor abordagem quando você está se sentindo com raiva. Reprimir a raiva poderia até piorar as coisas, porque muitas pessoas colocam um sorriso falso e fingem que está tudo bem. Até o dia em que elas explodem e surpreendem todo mundo ao redor.
Se você ficar com raiva, entenda este momento como um sinal de que está na hora de buscar ver as coisas de outro ângulo, como observador. Isso vai te ajudar a restaurar o equilíbrio, respirar com calma e ter a capacidade de se reconciliar com a outra pessoa. E daí você pode se conectar e colaborar com elas de forma eficaz.
5. Abrir mão do controle
Esse aqui é um recado especial pros perfeccionistas (se for seu caso, deixa um oi nos comentários!)
Talvez você esteja em uma situação onde você gostaria que as coisas fossem diferentes. A realidade atual não te agrada. Você gostaria que as pessoas ao redor fossem diferentes. Seria lindo ter uma varinha de condão e mudar a realidade num passe de mágica.
Quando paramos de resistir a realidade é que podemos tomar um fôlego e desenvolver a nossa capacidade de aceitar a realidade. Temos que ter a capacidade de deixar o perfeccionista de lado pra lembrar que o mundo não está em nosso controle. Mesmo com os nossos melhores esforços, não podemos controlar a situação ou as pessoas ao nosso redor.
Concluindo
Lidar com pessoas difíceis é complicado. Mas é parte da vida. E se resistirmos, vai ficar ainda mais complicado.
Quando entendemos que estamos lidando com outros seres humanos, que têm suas próprias vidas, emoções e histórias, dificuldades, medos, limitações, etc. daí sim podemos resgatar a empatia necessária para conectar e colaborar. Sem empatia, existe uma tendência a olhar pra essas pessoas como números, como objetos que gostaríamos que fossem diferentes. Como peças que nós gostaríamos de substituir ou até mesmo destruir.
Também vamos reconhecer nossa humanidade. Estamos ficando decepcionados ou irritados? Quem sabe até mesmo intolerantes? Observar a nós mesmos e nossas reações é uma tática poderosa para reforçar a nossa presença e fazer escolhas conscientes.
Existe uma parte muito importante que é você também aprender a definir os seus limites com assertividade. Se de um lado queremos ter empatia e aceitação, de outro lado não podemos deixar abusos acontecerem. Para isso eu convido você a conhecer nosso curso de assertividade e inteligência emocional em https://arata.se/comodizernao