É assim que suas posses te possuem

Oi! Seiiti Arata. Chega uma hora que nós acumulamos tantas coisas que as nossas posses podem nos possuir. Hoje nós veremos que existe um caminho que está ficando cada vez mais popular: priorizar experiências em vez de posses.

1. Suas posses te possuem? Faça o teste

Confere na sua casa e responda de forma honesta: quantas das suas posses você nunca usa? Se você abre os armários, está tudo de fácil acesso ou existem objetos empilhados e socados de uma maneira que você até desiste de usar?

Tem um livro sensacional sobre este tema, você pode conferir clicando aqui. No consumismo desenfreado, estamos comprando mais do que a gente precisa e acumulando tudo dentro de casa. Esse exagero de itens deixa de nos trazer felicidade e acontece o contrário: ficamos com ansiedade e dificuldade de aproveitar a vida.

É assim que suas posses te possuem - Oi Seiiti Arata 19 - Quantas das suas posses você nunca usa?

Estamos percebendo que felicidade não tem a ver com a quantidade de bens acumulados. Muitas vezes a chegada de mais objetos significa mais preocupações. Isso é materialismo exagerado, consumismo exagerado. E não faz bem.

2. A felicidade trazida pelos objetos é verdadeira?

Repare que quando eu tomo a primeira xícara de café de manhã, vem um grande prazer. Mas a segunda xícara já não é tão boa. O professor Clóvis costuma falar que a primeira pamonha é uma delícia, mas a segunda pamonha já não traz a mesma felicidade. É isso mesmo.

Uma quantidade moderada numa situação que gera grande contraste nos traz alegria. Mas esse efeito vai diminuindo. Chega uma hora que a gente não quer mais saber nem de xícara de café nem de pamonha.

Quando estamos falando de bens materiais, o raciocínio é parecido. Tem lugares por aí onde a cultura do consumo é parte da identidade. Se você está usando um aparelho que não é de última geração as pessoas ficam confusas.

É assim que suas posses te possuem - Oi Seiiti Arata 19 - Ansiedade por status

“Mas como é possível, eu achava que você fosse bem sucedido. Por que é que você ainda não comprou o modelo novo?”

Veja que o consumo de produtos acaba gerando uma ansiedade por status. É como se eu tivesse a obrigação de entender de moda pra poder me vestir de acordo com a tendência do momento. Entender de tecnologia só pra poder desfilar com os cacarecos mais modernos. Só que isso não tem fim: toda semana a moda muda, todo mês aparece algum objeto mais novo, tudo é planejado pra gente ficar comprando sem parar.

3. O que é admirável?

O que é que faz mais sentido pra você? Valorizar aspectos do caráter, como por exemplo ser comedido, humilde, responsável nos próprios gastos? Ou valorizar os objetos que se pode adquirir?

A hipervalorização das posses significa uma coisa: o exemplo a ser seguido é o estilo de vida que consegue adquirir muitos bens. Por isso que dentro da esfera da honestidade nós vemos o workaholic, aquele que prioriza acima de tudo a vida profissional, pra subir rápido na carreira e conseguir maior salário, mais bônus, mais dinheiro e portanto mais bens. E na esfera da desonestidade temos aí tantos casos de corruptos, de ladrões, de gente que “faz qualquer negócio”, mesmo que isso signifique trapacear, mentir, fraudar.

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4. Não deixe que suas posses te possuam!

Como é que podemos sobreviver às tentações de querer ter mais e mais posses? Tem três caminhos que vou te apresentar.

Um caminho é o minimalismo. É se livrar das suas posses e viver com o mínimo possível.

É assim que suas posses te possuem - Oi Seiiti Arata 19 - Nossas posses podem nos possuir.

Outro caminho ainda mais radical é a vida simples. Talvez se mudar pro interior, ter uma horta onde você planta o que vai comer. Ficar sem computador, sem televisão, sem nada. Viver a vida ao estilo do seus tataravós.

Um meio termo é apenas viver mais devagar. Por exemplo, no seu trabalho, se tem a possibilidade de ser promovido, você recusa e continua na sua vaga atual. Deixa pros outros que estão com mais sangue nos olhos. Você vai continuar recebendo um salário modesto que dá pra viver com dignidade ao mesmo tempo que recusa entrar pra um nível que demandaria muito mais horas de trabalho, mais gritaria, mais desgaste.

5. Valorize as experiências

Na hora de escolher onde gastar seu décimo terceiro, se é comprando objetos ou vivendo experiências, geralmente as experiências trazem mais felicidade. Uma viagem, um show, uma visita a um parque de diversões. Tudo isso no fim das contas traz ótimos momentos. Inclusive se as coisas não saem como a gente imaginava.

É assim que suas posses te possuem - Oi Seiiti Arata 19 - Felicidade não tem a ver com bens acumulados.

Essa é a nossa capacidade de ressignificar, reinterpretar as situações. Se eu estou me dedicando pra viver mais experiências memoráveis, eu posso também encontrar aqueles momentos em que existe alguma dificuldade – que eu posso interpretar como uma possibilidade de crescimento, de desenvolvimento.

Valorizar experiências é uma tendência cada vez mais forte. Tem inclusive lojas de presentes que você pode comprar um vale-experiência, e tem de tudo: desde manicure até salto de paraquedas. Até mesmo quando vemos o crescimento de vendas de livros digitais e acessos a cursos online aumentando, dá pra perceber que as pessoas querem mais o conhecimento e a experiência em si do que ficar acumulando livros de papel na prateleira como decoração pra exibir pros outros.

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Pra finalizar, duas dicas extras:

1. Pergunte se você realmente precisa ter a posse. Será que não daria pra conseguir emprestado ou alugar por um preço menor?

2. 2. Experimente um pouco de minimalismo. Coloque algumas das suas posses em uma caixa e marque quantos dias deseja aguardar. Por exemplo 30 dias. Se o tempo de 30 dias passar e você não precisou dos itens, é bem provável que dê pra viver sem eles. Visite o link arata.se/tabudinheiro para termos uma conversa séria a respeito de dinheiro.