Contra coronavírus, universidades em Portugal e EUA suspendem aulas ou adotam ensino virtual

Instituições temem que o vírus se espalhe entre estudantes e funcionários

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Por Agências
Atualização:

Universidades em Portugal e nos Estados Unidos decidiram suspender as aulas ou adotar o ensino virtual na tentativa de reduzir a transmissão do coronavírus entre alunos e funcionários.

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As universidades portuguesas do Porto e do Minho decidiram suspenderam as aulas. As duas instituições têm alunos diagnosticados com a doença. No Porto, as instalações da Faculdade de Farmácia e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar foram fechadas. As atividades letivas dos cursos ministrados nesses locais foram suspensas até, pelo menos, o dia 20 de março. A instituição também suspendeu as aulas do Mestrado Integrado em Medicina.

Já a Universidade do Minho encerrou o atendimento presencial no campus de Gualtar, no norte do país. Os complexos pedagógicos do local também foram fechados. As medidas de prevenção se estendem às residências estudantis: os moradores de duas delas receberam recomendação para iniciar um período voluntário de quarentena profilática.

A Universidade de Stanford, na Califórnia, cancelou as aulas presenciais nas duas últimas semanas do trimestre, mudando para as aulas online em meio à crescente preocupação com o surto de coronavírus.A mesma atitude tomada pela Universidade Columbia, em Nova York, que, à princpipio, cancelou às aulas desta segunda-feira, 9, e de terça-feira, 10. No caso de Columbia as aulas também serão ministradas remotamente.

Como o coronavírus também se espalha pelos Estados Unidos, várias escolas tomaram essa medida como precaução, na esperança de evitar novas infecções no campus. A Universidade de Washington, que tem mais de 55 mil estudantes em três campus, anunciou na última sexta-feira que mudaria para aulas virtuais. Algumas escolas menores dentro e perto da área mais afetada de Seattle, como a Pacific Lutheran University, também anunciaram planos semelhantes.

O vice-presidente Mike Pence (ao fundo), disse que os Estados Unidosnão possuem exames de coronavírussuficientes para antecipar demanda. Foto: Eric Thayer / The New York Times

No último domingo, a Universidade Rice, de Houston, cancelou as aulas presenciais para esta semana e cancelou encontros de 100 ou mais pessoas até o final de abril. Um funcionário testou positivo para covid-19 na semana passada após viagens internacionais, disseram autoridades da universidade ao emitir o alerta. "Como alguns de nossos colegas, Rice está se preparando para a possibilidade de entregar a maioria de suas aulas remotamente, se isso for necessário", escreveram as autoridades em um alerta ao campus. A pesquisa continuará, eles observaram, porque geralmente é limitada a pequenos grupos.

Em Nova York, onde vários casos foram identificados, a Universidade Columbia anunciou que as aulas foram canceladas nessa segunda e terça-feira e que a universidade desencorajou fortemente as reuniões não essenciais de mais de 25 pessoas. Não há casos confirmados entre estudantes, professores ou funcionários da Columbia, mas o presidente da escola da Ivy League escreveu que alguém havia sido colocado em quarentena e que a suspensão das aulas permitirá que a escola se prepare para uma mudança para classes remotas pelo restante da semana.

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Stanford, com sua prestigiada reputação internacional, será observada de perto enquanto outros líderes da universidade discutem a melhor forma de combater o surto. O campus permanece aberto, com serviços de saúde e outros disponíveis, e a pesquisa continua, de acordo com uma mensagem para estudantes de um funcionário da universidade, mas não é necessário que os estudantes estejam lá.

Alguns estudantes de Stanford temem que o campus na Califórnia seja um lugar cada vez mais inseguro e propríciopara a ocorrência de infecções por coronavírus. Uma petição online pedindo aos diretores de Stanford para tomar medidas para impedir a propagação do vírus no campus recebeu mais de 3.700 assinaturas digitais. Outra petição instou a universidade a "proteger, informar e compensar de maneira justa os trabalhadores" durante o surto, devido à crescente vulnerabilidade dos trabalhadores de serviços de alimentação em particular.